Saiba quais são os tipos de farinhas existentes no mercado

Com certeza você viu o tema deste artigo e pensou: mas será mesmo que existem outros tipos de farinha além das de trigo e mandioca? Pois saiba que, se na próxima ida ao supermercado você procurar e observar bem, vai se deparar com uma imensa variedade de opções, capazes de te ajudar a fazer as mais diversas substituições em sua alimentação.

Além destas, que são as que realmente vêm primeiro em nossa mente, é possível se deparar com as farinhas de aveia, linhaça, coco, arroz, centeio, cevada, entre muitas outras, que têm sido largamente utilizadas, principalmente por quem tem alguma espécie de restrição alimentar ou está fazendo determinado tipo de dieta, que não contempla a ingestão de glúten, por exemplo.

Para se ter uma ideia, a variedade é tanta, que muitas pessoas, ao chegarem às compras, sentem-se meio que perdidas, sem saber qual delas levar para casa. Mas como a intenção deste blog é sempre ajudar você e todos os nossos leitores, hoje vamos apresentar um super guia, com os principais tipos de farinha, falando para que servem, bem como os benefícios e vantagens de cada uma, para que você faça uma escolha plena e ainda mais consciente em seu dia a dia.

Um pouco sobre a farinha

Antes de falarmos especificamente sobre os vários tipos de farinhas existentes, vamos fazer um apanhado geral sobre este alimento tão popular em nosso país. Primeiro, é importante saber que se trata de um pó desidratado e que é bastante rico principalmente em amido. Em geral, o que se sabe é que a farinha é obtida através de cereais moídos, como é o caso do trigo, ou de outras partes de vegetais, que contenham bastante amido, como é o caso da raiz da mandioca.

Os principais cereais utilizados para fazer farinha e que geralmente são mais próprios para o consumo humano são o trigo, o milho, a aveia, arroz, cevada, sorgo, centeio e muitos outros. Para entender como funciona o processo de moagem da farinha, é preciso, primeiro, compreender as partes que formam os cereais.

Eles são sementes, que, ao serem plantadas, passam a se reproduzir. As suas principais partes são: o embrião, ou germe, o endosperma e a camada protetora, que dá origem ao farelo, que é a casca. Assim, o processo da moagem da farinha consiste em separar ou não estes três elementos, reduzindo o endosperma em pequenas partes, que dá origem à farinha em si. Caso o grão seja moído inteiro, ou seja, com todas estas partes que citamos, a farinha pode ser chamada de integral. Agora se houver a separação das cascas, ela costuma ser chamada de refinada.

Como sabemos, a farinha que é produzida a partir destes grãos, serve de base para a produção de diversos outros tipos de alimentos, como é o caso do pão, macarrão, biscoitos, bolos e assim por diante. A que costuma ser consumida em maior quantidade é a farinha de trigo, tanto pelo seu cultivo ser favorável em condições climáticas variadas, quanto por dar origem a uma infinidade de alimentos, que consumimos em nosso dia a dia.

Quais os tipos de farinha existentes?

Agora que você já entendeu um pouco no que exatamente consiste a farinha, bem como sobre o seu processo de moagem, vamos apresentar uma espécie de guia dos tipos de farinhas existentes, seus benefícios, vantagens, utilizações e quais limitações de cada uma, para que assim você entenda qual a melhor para ser usada em seu dia a dia.

Trigo

Como não poderia ser diferente, o primeiro tipo de farinha sobre o qual vamos falar é a de trigo, em decorrência do alto consumo que ela tem em nosso país, principalmente quando o assunto é panificação e confeitaria, onde ele marca presença em grande parte das receitas clássicas. Mas não só por isso, porque também trata-se de um tipo de alimento que, desde à Antiguidade greco-romana, faz parte da alimentação de diversas civilizações ocidentais, inclusive a nossa.

O trigo causa todo esse fascínio e paixão, e é utilizado em toda esta quantidade, porque uma das principais vantagens que ele oferece a quem o consome é o alto teor de glúten contido em sua composição, capaz de conferir à massa feita com a farinha de trigo maior elasticidade e maciez a preparos, como os pães e o bolos.

Em nosso dia a dia nós costumamos usar o tipo tradicional da farinha de trigo, para a produção de nossas receitas. No entanto, existem alguns outros subtipos, que são utilizados para preparos específicos. Estes subtipos são classificados de acordo com a maneira e intensidade com que o grão é processado.

Aqui no Brasil é possível encontrar:

  • Tradicional: esta é aquela que encontramos com facilidade nos supermercados e que se faz ideal no preparo de bolos, biscoitos, pães caseiros e outros tipos de receitas;
  • Com fermento: este é um subtipo muito parecido com a farinha de trigo tradicional, mas que em sua composição já é possível encontrar fermento químico e sal. Com ela também é possível fazer bolos, omeletes, tortas e outros;
  • Especial: já este subtipo de farinha de trigo é o que contém um teor mais elevado de glúten, e serve para o preparo principalmente de massas, como pães e pizzas;
  • Integral: a integral é aquela em que o seu processo de moagem pode deixá-la mais fina ou mais grossa.

Centeio

O centeio é um grão que tem parentesco muito próximo com o trigo e com a cevada e marca presença forte na culinária feita nos países eslavos, localizados no norte da Europa. A facilidade de encontrá-lo especificamente nesta localidade, se dá pelo fato do seu grão ter maior poder de adaptabilidade em climas frios, como os que vemos nestes países europeus, sendo ele cultivado ali desde a Idade Média.

A farinha de centeio, em comparação com a trigo, traz mais benefícios, por nos oferecer mais fibras e nutrientes, sendo o seu uso feito para pães mais rústicos, como os que são comumente encontrados na Alemanha e Finlândia, por exemplo.

Para aqueles que gostam de literalmente colocar a mão na massa, esta farinha é bem favorável para isso, pois, no momento da produção do pão, por exemplo, o centeio costuma se sair bem com a fermentação natural. Esse processo acontece, porque, sua composição, ele leva menos glúten que o trigo, o que dá origem a pães de formatos e consistências mais estruturadas, sendo que estes crescem melhor se não levarem fermentos industrializados.

Amêndoa

A amêndoa, em si, costuma ser bastante usada em preparos de confeitaria, por conferir a estes bastante leveza, aroma e crocância. Já a farinha é originada a partir da sua própria moagem, algo que deixa as comidas também bastante aromáticas.

O seu processo de moagem é bem simples: o primeiro passo é descascá-la, colocando em água quente, o que faz com que a casca se desprenda com facilidade. Depois, basta bater no liquidificador ou processador, até que chegue à consistência de uma farinha branca. Feito isso, é só peneirar, para que ela fique ainda mais fina e em condições de utilização, já que, quanto mais fina ela estiver, melhor.

Quem gosta e sabe preparar macarons franceses, financiers, e até mesmo bolos, pode utilizar a farinha da amêndoa, porque, por ser mais fina que as demais, impede que a massa acabe ficando encaroçada.

Entre as vantagens encontradas nela estão os fatos de não conter glúten e de contribuir para o controle do colesterol, prevenção de doenças cardiovasculares, potencialização da memória, entre outros benefícios, tudo isso por ter como base e trazer consigo as características de uma oleaginosa.

Arroz

Seguindo adiante com a nossa lista de tipos de farinha, agora vamos falar sobre a farinha de arroz, que é perfeita para substituir o trigo. Isso porque ela não contém glúten em sua composição e também não deixa sabor ou aroma aparentes ou fortes, o que facilita na hora da produção de pratos doces e também dos salgados.

Entre os tipos, é possível encontrar a integral e a branca, o que vai depender basicamente do grão que foi usado em seu processo de moagem. E por falar em moagem, ela ocorre de forma bastante semelhante à da farinha de amêndoa, porém, não há a necessidade de remoção da casca, ou seja, basta bater no liquidificador ou processador, depois passar o grão cru na peneira, até que se obtenha um pó fino da farinha.

A farinha de arroz é encontrada em versão integral, a qual contém bastante fibra, manganês, fósforo, magnésio e vitaminas do complexo B, o que também contribui para a redução e controle do colesterol ruim. Entre os pratos que podem ser produzidos a partir dela, estão os pães sem glúten, bem como os bolos e as massas.

Aveia

O próximo tipo de farinha sobre o qual vamos falar é a de aveia. Trata-se de um alimento com inúmeros benefícios para o nosso organismo, por conter alta concentração de ferro, cálcio, vitaminas e diversos outros tipos de minerais.

É importante ressaltar que a farinha de aveia não contém glúten em sua composição, porém, caso seja manipulada em um mesmo ambiente ou recipiente que o trigo, ela pode acabar sendo contaminada pela substância. Diante disso, antes de comprá-la, verifique se realmente a marca que você está adquirindo não acompanha o glúten de forma mascarada.

A sua textura fina e leve contribui para que ela se torne uma grande substituta do trigo, principalmente no preparo de biscoitos, bolos, tortas e pães de forma.

Chia

A chia se tornou bastante conhecida nos últimos anos, principalmente em decorrência da onda fitness e de alimentação saudável, que tomou conta do nosso dia a dia. Trata-se de uma planta, que teve a sua origem na Guatemala e também no sul do México, locais onde o seu cultivo é realizado há muitos anos, desde a presença dos povos Astecas.

Os motivos que fizeram com que ela ganhasse tanta atenção, são os benefícios que ela traz, tanto em suas sementes, quanto em seu óleo, onde apenas 100 gramas dela nos fornece mais da metade de vitaminas do complexo B, que devemos ingerir por dia, praticamente o total de fibras, assim como ferro, cálcio, potássio e outros.

Para quem deseja experimentá-la é importante saber que ela é uma ótima opção para a produção de pães, com o aspecto e estrutura mais densa, em receitas de bolos, panquecas, de biscoitos e também de alguns doces.

Agora se a sua ideia é substituir o ovo em receitas veganas, saiba que a farinha de chia é também uma excelente opção, já que ela é bastante rica em proteínas. Apenas duas colheres de sopa da farinha, misturada a ½ copo de água fria, já é o suficiente para oferecer o que mais ou menos um ovo oferece.

Linhaça

Considerada como um alimento bastante funcional, por conta de suas propriedades nutritivas, a linhaça tem como um de seus principais benefícios o teor elevado de fibras e também de ômega 3 e 6, que são elementos importantes no controle e redução do colesterol e para prevenir diversos problemas de saúde. Em nosso país conseguimos encontrar a semente da linhaça nas versões marrom e dourada, sendo que, no que diz respeito à propriedades nutricionais, as duas praticamente não têm diferenças.

Elas podem servir para a produção de pães integrais, e a farinha também pode ser utilizada na produção de muffins, pizzas, panquecas, entre outros tipos de massas.

Uma informação importante é quanto ao cuidado que se deve ter em sua armazenagem, já que, por mais que seja durável e resistente, a recomendação é que se guarde a farinha da linhaça em freezers ou geladeiras, ou que o seu consumo ocorra poucas semanas depois de ser moída.

Como deu para perceber e acompanhar ao longo do texto, são diversos os tipos de farinhas existentes e diversos também os seus usos. Além destas, existem muitas outras, as quais você pode utilizar em seu dia a dia, para preparar uma variedade quase que infinita de pratos. Basta escolher qual se adequa melhor às suas receitas e colocar a mão na massa!