mise en place

A organização pode ser a base de um bom prato

Dentro de uma cozinha, seja ela de restaurante ou não, o processo de preparação e de montagem de um prato requer atenção em determinados pontos, que são considerados essenciais, para que se tenha a oportunidade de obter um resultado positivo, depois que tudo for devidamente feito. 

São cuidados básicos, que ao serem seguidos, pelos mais diversos tipos de cozinheiros, garantem sucesso na criação, elaboração, preparação, montagem e na apresentação do prato às pessoas que forem degustá-lo. 

Entre esses cuidados está o mise en place, que contribui para que se mantenha a organização da cozinha e, assim, seja possível servir pratos saborosos, de acordo com com as receitas, e que, com certeza, vão agradar a todos. 

Para saber mais sobre este processo e seu significado e importância dentro de todo e qualquer tipo de cozinha, convidamos você a nos acompanhar nesta leitura e conferir sobre o que estamos falando.

O que é mise en place?

A primeira coisa se saber sobre mise en place (pronuncia-se “miz an plas”) é que trata-se de um termo francês, que significa “pôr em ordem”, “colocado no lugar” ou “posto em ordem”, e nada mais é que a devida organização dos ingredientes e dos utensílios que se vai utilizar dentro da cozinha, no preparo das receitas e dos pratos. 

É um processo de fundamental importância para quem coloca a mão na massa na cozinha, pois ele ajuda cozinheiros a se organizarem, pensando com antecedência em tudo o que vão precisar, em todos os ingredientes, equipamentos, utensílios e no que e em como deverão fazer, para que a receita saia conforme o descrito e proposto. 

Dessa forma, entende-se que três pilares são essenciais para que cozinheiros tenham sucesso na criação, elaboração e na execução de suas receitas: os equipamentos, os utensílios e os ingredientes. 

Além da organização da cozinha, o processo de mise en place é aplicado também na montagem das mesas, tanto de restaurantes, quanto de casa, contribuindo, assim, para que pratos, talheres, copos, taças, entre outros utensílios, sejam colocados em seus devidos lugares, para a boa utilização de quem irá se alimentar. 

A origem do mise en place

Muitos especialistas acreditam que a técnica teve a sua origem e inspiração na sistematização das cozinhas profissionais, que foi proposta e elaborada pelo pai da gastronomia moderna da França, o chef Georges-Auguste Escoffier. 

Por ter passado e servido ao exército da França antes de virar, efetivamente, chef de cozinha, Escoffier ficou famoso por levado para as cozinhas de restaurantes o sistema militar de divisões hierárquicas. Nele, cada um dos profissionais que atuavam dentro deste ambiente tinham uma posição devidamente definida e ficava encarregado de executar tarefas específicas, tanto antes, quanto durante e também depois de todo o serviço. 

Antes deste método ser implementado por Escoffier, o que mais se via dentro das cozinhas de restaurantes era um cenário de completo caos, em que os profissionais gozavam de plena liberdade de atuação, ou seja, faziam o que queriam e achavam melhor, no tempo que considerassem mais adequado.

Com a modificação proposta por Escoffier, em que tarefas e pratos específicos eram atribuídos a cada cozinheiro, todos os processos que ocorriam nas cozinhas ficaram melhor organizados, o que tornou o serviço muito mais ágil e assertivo, já que toda a desordem for minimizada e até mesmo eliminada em diversos casos.

A importância do mise en place em qualquer tipo de cozinha

Quem cozinha, seja de forma amadora ou profissional, precisa ter em mente que os principais objetivos do mise en place são ajudar cozinheiros a manter a organização e também o foco em todo o processo de pré-preparo e de preparo dos pratos. 

Assim, seja na cozinha de restaurantes ou na cozinha de casa, o processo de ler a receita, no caso de estar seguindo alguma, e separar os ingredientes e os alimentos, antes de efetivamente começar a cozinhar é essencial, porém, muitas pessoas, por pura ansiedade, acabam pulando estas importantes etapas. 

Entretanto, ao investir neste processo de pré organização, tem-se a oportunidade de otimizar a prática culinária, uma vez que o mise en place acaba por eliminar a necessidade de, por exemplo, picar ingredientes no mesmo instante em que já se está preparando os pratos, algo que faz com que muitos cozinheiros percam a concentração, sendo exatamente nestes momentos de falta de foco que os erros acontecem. 

Dessa forma, conseguimos observar e dizer que um dos fatores que faz com que o mise en place seja de real e verdadeira importância é a possibilidade que a organização dá de fazer com que o cozinheiro mantenha-se concentrado em uma tarefa por vez, dando atenção a cada etapa que precisa seguir e afastando, assim, de sua prática, erros que podem ocorrer com facilidade quando este opta pela multitarefa culinária. 

Por mais que cozinheiros amadores digam que não há a necessidade de levar tudo isso para a cozinha convencional, ou seja, de casa, especialistas entendem que dar início ao preparo de qualquer tipo de receita sem antes prezar pela organização dos ingredientes e utensílios, faz com que a pessoa que está cozinhando tenha a falsa impressão de agilidade, quando, na verdade, pode acabar percebendo tardiamente, que algo está faltando, justamente no momento em que precisar e já estiver com o preparo do prato avançado.

Diante disso percebemos que investir um tempo no mise en place só vai fazer com que a sua receita e o seu prato tenham cada vez mais chances de se tornarem um verdadeiro sucesso, desde o momento de seu preparo, até a hora que for servido a seus convidados, ou aos clientes de seu restaurante. 

Viu como o mise en place tem o poder de fazer com que a organização seja a base de um bom prato? É importante levar esta prática para todos os tipos de cozinha, pois, com isso, garante-se excelência no serviço, do começo ao fim. 

E você, já investe na preparação prévia de ingredientes e utensílios em sua cozinha? Deixe nos comentários como funciona o seu mise en place e lembre-se de continuar acompanhando nossos conteúdos diários.