guia michelin

O guia Michelin estabelece uma ligação direta entre turismo e gastronomia selecionando os melhores restaurantes do mundo

Viajar é uma das formas mais interessantes e assertivas de conhecer novos lugares e ao mesmo tempo novas culturas. Além de ser um momento em que temos a oportunidade de curtir nossos familiares e amigos, ou até mesmo a nossa própria companhia, dependendo do caso, conseguimos ter acesso também a um leque de conhecimentos e possibilidades, que, parados em casa, talvez não consigamos.

Os destinos turísticos que visitamos nos permitem conhecer a sua história e também nos conectarmos com a sua arte, que são maneiras poderosas de contribuir para a nossa formação intelectual e também enquanto indivíduos. O que queremos dizer com isso é que, independentemente do local escolhido, se é perto ou se é longe, as viagens que fazemos sempre têm o poder de enriquecer a nossa alma de maneira intrínseca.

E este enriquecimento acontece de diversas formas, sendo que uma delas é através da gastronomia, que também nos ajuda a entender ainda mais a história e a cultura dos lugares que visitamos, através dos pratos e dos novos sabores que experimentamos.

Mas como saber quais os melhores restaurantes a se visitar em uma viagem? Para nos ajudar com esta questão existe um guia, que nos orienta com relação às casas, que servem os melhores pratos, traçando a rota perfeita para os amantes da culinária de excelência, que não abrem mão do melhor da gastronomia. Este guia de classificação culinária é mundialmente conhecido como Guia Michelin, que há décadas é o maior e mais respeitado de sua área. E para entender melhor a sua concepção, a seguir explicaremos mais sobre ele.

Continue acompanhando a leitura conosco e confira!

O Surgimento do Guia Michelin

Com a necessidade de impulsionar o mercado automobilístico no final do século 19 na França, em uma época onde os automóveis ainda estavam longe de serem populares, a  fabricante francesa de pneus, Michelin, buscou formas de expandir o mercado para contribuir com o desenvolvimento do processo de mobilidade.

Foi quando tiveram a ideia de criar e distribuir gratuitamente um guia, com 400 páginas, recheado de informações e que auxiliasse de forma prática e funcional como proceder em uma viagem turística.

Dentre elas, como viajar de carro, seguindo as orientações de um mapa, solucionar problemas comuns como a troca de um pneu, a escolher locais para comer e dormir. E assim, com ares de sucesso, nos anos 20, foram adicionados às páginas classificações de restaurantes, e, posteriormente, de hotéis. Desta forma, começava a história do Guia Michelin que conhecemos hoje, em que nele encontramos informações e indicações de restaurantes, sendo que estas mesmas indicações são divididas por categorias.

Dentro de todo este processo de elaboração do guia, no ano de 1926 houve o surgimento de um de seus principais símbolos, as famosas estrelas, que, com o passar dos anos, se transformaram em referência da mais alta gastronomia. Hoje em dia, quando escutamos, por exemplo, que um restaurante é “estrelado”, isso quer dizer que ele é bem avaliado e tem um bom número de estrelas no Guia Michelin.

A partir de tudo isso, a lista de casas avaliadas pelo guia passou a ganhar cada vez mais importância, principalmente no século XX, transformando a publicação em um verdadeiro best-seller, que serve como um grande ponto de referência para turistas, que, ao realizarem suas viagens, buscam viver boas e inesquecíveis experiências.

O que faz um restaurante ganhar estrelas?

Para que um estabelecimento entre para a seleta lista dos melhores restaurantes do mundo, elaborada pelo Guia Michelin, é preciso que ele passe por uma avaliação bastante criteriosa, que é feita por profissionais qualificados e especializados, tanto em gastronomia, quanto em hotelaria.

Estes profissionais, chamados de inspetores, causam bastante inveja em muita gente, pois têm como principal função analisar e fazer a recomendação do que é considerado como o que há de melhor, no que diz respeito à gastronomia e hospedagem, de aproximadamente 30 mil estabelecimentos, em 30 países, de 3 continentes.

O que eles fazem, na prática, é visitar estes estabelecimentos anonimamente, experimentando os serviços oferecidos por estes, sempre pagando por eles e por tudo o que consomem, para que, dessa maneira, seja possível garantir a imparcialidade na hora do julgamento. No entanto, a decisão da quantidade de estrelas que o local vai receber, de fato, não depende apenas da análise de um só inspetor, mas sim de todo um grupo, que é constituído por outros especialistas em gastronomia e hotelaria.

Todo este processo ocorre de forma um tanto quanto rígida, levando diversos meses para ser realmente concluído, uma vez que são realizadas inúmeras visitas ao local, para que haja uma análise e uma certificação precisa e fidedigna de que o estabelecimento realmente é merecedor de ganhar estrelas do Guia Michelin.

De acordo com o próprio guia, os critérios levados em consideração para esta análise, que fazem com todos estes estabelecimentos espalhados pelo mundo ganhem as tão disputadas estrelas, são:

  • qualidade dos produtos;
  • domínio do sabor e técnicas culinárias;
  • a personalidade do chef na sua cozinha;
  • relação qualidade/preço;
  • consistência entre visitas.

As estrelas e seus significados

Como dissemos no início do texto, são diversas as categorias de avaliação em que o guia é dividido, podendo estas ser menções honrosas para restaurantes, ou apreciação do luxo e do conforto oferecido por hotéis ao redor de todo o mundo. Porém, o que mais se destaca realmente em todo este contexto são o veredictos dados às melhores cozinhas.

Assim, um restaurante consegue conquistar as tão sonhadas estrelas se atender requisitos como a utilização de ingredientes frescos e de qualidade, a perfeição no preparo, criatividade na apresentação, e muitos outros.

Quando fazem a avaliação, os inspetores levam em consideração a entrada, o prato principal e a sobremesa, o que, para eles, são as três etapas de uma refeição completa, tendo como principal critério para a concessão das estrelas realmente a comida servida pelo estabelecimento e nem tanto a decoração ou o luxo em si do lugar ou do prato.

Depois de entender tudo isso, agora vamos conhecer os requisitos de cada uma das estrelas:

Uma estrela

Quando um restaurante ganha uma estrela do Guia Michelin, isso quer dizer que se trata de um local onde as pessoas vão encontrar uma cozinha realmente requintada, que vale a pena a visita, onde os produtos são de primeira qualidade, a execução é evidentemente refinada, os sabores deixam a sua marca e há uma regularidade na realização dos pratos.

Duas estrelas

As duas estrelas do Guia Michelin que um restaurante recebe significam que a sua cozinha é realmente excelente, valendo bastante a visita também. Aqui, os especialistas entendem que a casa utiliza os melhores produtos e se vale da experiência de um chef realmente talentoso na elaboração de seus pratos, que são considerados “sutis e surpreendentes, às vezes, muito originais”.

Três estrelas

Por fim, se um restaurante chega ao patamar de receber três estrelas, isso quer dizer que a cozinha praticada ali é excepcional, o que, para os especialistas, vale a viagem! Neste estabelecimento há a assinatura de um grande chef, os produtos são considerados também excepcionais, e lá são encontrados pureza e potência de sabores, com composições equilibradas, o que faz com que a cozinha alcance o nível de uma verdadeira obra de arte! “Os pratos, executados com perfeição, muitas vezes, se tornam clássicos”.

O Guia Michelin é realmente uma grande referência de gastronomia de excelência, conhecido mundialmente por avaliações bastante criteriosas, que conferem a restaurantes toda a credibilidade e confiança que merecem.

Você já sabia do se tratava o guia? Já visitou algum estabelecimento “estrelado”? Deixe nos comentários suas percepções sobre o texto e lembre-se de continuar nos acompanhando, para mais novidades sobre o mundo da gastronomia.