Franquias: Entenda como funciona o processo de franchising 

Franquias: Entenda como funciona o processo de franchising

O desejo de empreender é uma das principais razões que fazem as pessoas investirem em uma franquia, já que ela está entre os modelos de negócios que mais crescem no Brasil. Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF), a maior do setor, a projeção de crescimento do mercado de franquias em 2019 é 5% superior em relação a 2018, mesmo em meio a um período de turbulência na economia.

Mas, de fato, o que é uma franquia, e, mais importante: qual é a chance de você se tornar um empresário de sucesso apostando nesse tipo de empreendimento? A definição de franquia, segundo a própria ABF, trata-se de um negócio com um modelo de operação que é copiado e transferido para outro ponto comercial com autorização de quem detém os direitos e criou aquele modelo inicial.

O principal objetivo do mercado de franquias (ou franchising) é fornecer aos franqueados oportunidades para obtenção de sucesso de forma rápida e segura, e funciona à base de uma relação de interdependência entre a marca e o investidor. Para o franqueado, é a oportunidade perfeita de abrir um negócio sem precisar ter muita (ou alguma) experiência no setor de escolha. Outro fator determinante para o provável sucesso em abrir uma franquia é iniciar um empreendimento em um modelo de negócio já testado e experimentado, além de contar com uma marca estabelecida e, por vezes, prestigiada no mercado, o que acarreta menos riscos financeiros em médio prazo.

Outro ponto positivo para o franqueado é a possibilidade de uma rica troca de experiências com outros franqueados, parceiros e fornecedores, que lhe garante adquirir conhecimentos que vão lhe ajudar a tocar o negócio de forma a torná-lo bem sucedido. Essa relação com outros franqueados, inclusive, faz com que os donos da franquia valorizem o trabalho de todos os profissionais envolvidos na operação.

Frequentemente, a própria franquia também oferece todos os recursos necessários, como métodos de gestão e operação reconhecidamente eficientes – já que são utilizados por todos os outros franqueados com sucesso. Além desse tipo de apoio, é comum que a franquia também ofereça o serviço de marketing cooperado para toda a rede de franqueados, sejam elas novos ou antigos parceiros da marca, suporte técnico, administrativo e de gestão da rede franqueadora. Tudo para que o franqueado fique o máximo de tempo possível concentrado na gestão do negócio em si e não desvie sua atenção com coisas que não vão trazer retornos estrategicamente positivos.

O franqueador, é claro, também ganha muito ao apostar nesse tipo de estratégia. Entre as vantagens está a possibilidade de expansão extremamente rápida combinada com taxas de investimento muito mais em conta do que se estivesse abrindo unidades por conta própria. 

Outro fator positivo é a descentralização da gestão, algo que os empresários menos dinâmicos pode ter certa dificuldade, mas que combina muito bem com o modelo de franquias. Isso porque essa estratégia permite aliar a experiência e o histórico de cada franqueado para criar uma dinâmica única que esteja em constante aprimoramento. Aquilo que funciona muito bem em uma unidade tem grandes chances de funcionar nas outras, enquanto algo que rendeu experiências negativas pode ser eliminado antes que todas os outros franqueados repitam o processo.

Assim como os franqueados podem ficar focados na última etapa do negócio (como a venda e o contato direto com os clientes), o franqueador também pode direcionar seu foco em outras frentes da marca, como as etapas de produção (no caso de produtos) e no desenvolvimento de novas linhas, itens e soluções que serão oferecidas no mercado, potencializando a eficiência de todo o ciclo do negócio.

Formatos das franquias

O plano de expansão de uma franquia leva em conta os mercados-alvo de determinado serviço ou produto oferecido pela empresa, e o objetivo de crescimento da marca acaba passando pela definição de quais canais a franquia vai atuar, sejam eles on ou offline. A boa notícia é que, dependendo do tipo de franquia, ela pode estar em mais de um desses canais ao mesmo tempo a atuando de forma inteiramente complementar. Obviamente, isso não é regra para todos os tipos de negócio nesse modelo, mas é fato que o mundo físico tem muito a ensinar ao digital, e vice-versa.

As lojas virtuais (ou e-commerces) vieram para ficar, não restam dúvidas. Hoje as vendas pela internet superam as do varejo físico em diversos setores no Brasil e no mundo, levando muitos jovens empreendedores a imaginar que o varejo físico está acabando. Mas isso é um engano.

Dados da ABF mostram que, ao menos no setor de franquias, as lojas físicas seguem como a principal forma de contato que os clientes têm com as marcas na hora de utilizar o serviço ou comprar algum produto. Cerca de 70% das vendas acontecem de forma presencial, e quase 90% das unidades brasileiras no segmento de franquias funcionam no mundo físico.

Extremamente flexíveis, as lojas físicas são capazes de suportar quase todos os tipos diferentes de serviços oferecidos pelo setor de franchising hoje. Além do fator humano, que, em alguns casos, é essencial para que a venda aconteça com mais naturalidade, as lojas contam como diferencial na hora de expor e garantir uma experiência de compra bem completa ao cliente. É na loja física, por exemplo, que o cliente pode pegar o produto com as mãos, ver bem perto os detalhes do item, além de poder ver o produto na vitrine e experimentar antes de se decidir pela compra (no caso de franquias de vestuário, por exemplo).

As franquias de alimentação também ganham muito em oferecer serviços em unidades físicas, garantindo a experiência positiva do cliente em consumir qualquer que seja seu pedido assim que ele for preparado. Ou seja, as lojas físicas cumprem muito bem esse papel de engajar clientes ao ponto de torná-los verdadeiros fãs da marca se forem bem tratados e surpreendidos pelo atendimento e qualidade do que estiver pagando.

Mas nem tudo são flores no setor de franquias em lojas físicas. O investimento inicial que precisa ser feito para abrir um loja é bastante expressivo, isso sem contar com a manutenção do espaço, as possíveis reformas que o local pode vir a precisar, o pagamento do espaço e outros tipos de despesas, como adequações da unidade. Outra grande questão é encontrar um ponto comercial que seja realmente vantajoso, algo que demanda muito estudo de mercado e muita conta na ponta do lápis para checar a viabilidade e não cometer um grande erro logo na estreia do negócio.

As lojas que necessitam de uma estrutura maior em locais que demandam investimento massivos não estão entre as melhores opções para quem está iniciando no mercado, principalmente por conta do nível de gastos. Se uma franquia em que tal investimento foi feito não alcançar os resultados esperado, o prejuízo será muito grande para todas as pontas do negócio, do franqueado ao franqueador.

Por isso, optar por modelos que possam ser adaptados para o formato quiosque pode ser uma espécie de test-drive para quem quer sentir como é a vida de um empreendedor no setor de franquias. Consideravelmente menores, os quiosques são ótimos em praças e pontos de alta circulação de pessoas, como shopping centers, praias, centros comerciais e outros.

E não são apenas as microfranquias que apostam nesse formato. Empresa de renome, estabelecida e de grande porte também conta com essa opção, justamente para atender clientes que frequentam essas localidades, dando oportunidade para novos empreendedores viverem a experiência de um franqueado. Os custos de aluguel, manutenção e outros reparos são baixos se comparados aos das lojas grandes, o que gera menos complicação para quem toca o negócio. A parte dos custos operacionais também são muito menores, pois são menos funcionários contratados e a gestão pode ser feita bem de perto, algo imprescindível para quem está começando a empreender.

O desafio fica apenas na questão de encontrar lugares próprios para instalar o quiosque e saber lidar com as restrições de espaço que esse formato mais compacto impõe, além de aceitar que algumas das experiências que a marca quer passar não poderão ser oferecidas aos clientes. Por exemplo: dificilmente você verá um provador de roupas em quiosque que vende peças de vestuário.

Os food trucks também ganharam notoriedade e estão entre os formatos mais populares atualmente para quem quer abrir uma unidade no setor de alimentação. Ela une as vantagens do quiosque, mas com o diferencial de ser um ponto de venda móvel, capaz de ir até localizações em que o público- alvo está, como em eventos, feiras e outras atividades que reúnem uma concentração grande de pessoas. As redes que investem nesse formato geralmente buscam uma expansão ainda mais rápida da marca, ao mesmo tempo em que é uma opção muito vantajosa para quem quer abrir um negócio sem precisar investir uma quantia muito alta.

O cuidado, mais uma vez, é com a manutenção do veículo que, se não for feita de forma adequada, a chance de prejuízo aumenta muito. É natural que, após algum tempo, você precise fazer consertos ou mesmo a troca do veículo por outro mais novo e em melhor estado e, neste momento, não é indicado economizar muito, pois mais vale trabalhar com uma máquina com a certeza de que ela funcionará bem do que pagar barato e correr o risco de o food truck não sair do lugar e te impeça de trabalhar.

Se a sua praia é testar o mercado de franquias de uma forma um pouco mais light, a opção mais indicada são as franquias domésticas (também chamadas de home based), que se definem pelo fato de poderem ser gerenciadas de dentro da própria casa ou escritório do empreendedor. O processo é exatamente o mesmo de qualquer outra franquia, com contrato assinado, investimento e alinhamento com as diretrizes dos donos da marca, mas atendem a tipos de serviços que não dependem de estrutura física para funcionar.

Bons exemplos são as franquias de entrega ou prestação de serviços em geral que não envolvam a produção para venda de nenhum produto específico. Pela natureza desse tipo de negócio, a escala de crescimento é praticamente sem limites, dependendo, obviamente, da disciplina e do poder de gestão do franqueado. Mas, se você consegue tocar um negócio de dentro da sua casa, imagine a economia de custos básicas que uma franquia doméstica oferece em relação a outros tipos que dependem de estrutura física, por menor que seja.

Taxa de Franquia e Royalties

Empreender no mercado de franquias significa ficar atento a todos os pormenores que isso envolve. A taxa de franquia é uma delas: trata-se de uma cobrança paga pelo franqueado assim que ele assina o contrato. É um valor fixo e único correspondente a concessão para uso da marca. A taxa precisa estar na conta do franqueado na hora de calcular o investimento que precisa ser feito para abrir a unidade e deve estar discriminada na Circular de Oferta da Franquia (COF). Entre as funçoes da taxa de franquia estão a ajuda de custo para a rede referente ao processo de seleção de novos franqueados, além de ajudar a cobrir eventuais despesas de treinos, suporte e implementação de novas lojas.

Já os royalties são um valor que os franqueados precisam pagar de tempos em tempos referente ao uso contínuo da marca e de todo o suporte oferecido pelos detentores da marca. A Lei de Franquias cita os royalties como uma remuneração periódica pelo uso do sistema, da marca ou em troca dos serviços prestados.

Agora que você já sabe em detalhes como funciona o mercado de franquias, que tal conhecer as opções oferecidas pela QG? Acesse o site ou entre em contato para mais informações sobre as franquias da marca e aproveite para investir no seu sonho de empreender!